Novo texto do 3295C.
A manchete de ontem do jornal A Bola é do mais absoluto ridículo que se pode encontrar. Provavelmente, acreditam na Travessa da Queimada, que o assunto fica assim fechado, parecendo demonstrar com 'factos' um assunto que nem sequer merece o epíteto de polémica porque, dúvidas, só mesmo na mente dos mais mal-intencionados.


Com argumentos como este, das placas gravadas, se faz bom jornalismo de investigação, fazendo tábua rasa do que Henrique Parreirão escreveu em 1989 no livro que já foi referido aqui neste blogue, comemorativo das bodas de diamante da FPF. Este, sim, com trabalho de procura em actas da FPF e com as conclusões já (igualmente) descritas na peça da edição desta semana do Jornal Sporting.
O facto da Taça de Portugal ser apresentada como a sucessora dos Campeonatos de Portugal tem, única e exclusivamente a ver com o facto das duas competições se disputarem da mesma forma. Apenas isso. O exemplo da Taça dos Clubes Campeões Europeus versus Liga dos Campeões é perfeito: De Taça passou a Liga, o formato foi, inclusivamente, completamente modificado, mas o título é o mesmo.
Até eu começo a sentir-me ridículo a tentar justificar o que parece não ter a mínima dúvida. Ser contra a sonegação de quatro títulos de campeão ao Sporting é também dizer negar a teoria que querem plantar no futebol português que, campeões nacionais, só houve a partir de 1934, com o arranque de umas ligas experimentais (1.ª e 2.ª divisões).
Negacionistas há-os em todo o lado. Das alterações climáticas, imagine-se, que chegam até a Presidente dos Estados Unidos da América. O que não quer dizer que tenham razão. Razão têm os Sportinguistas para estarem à espera de festejar o seu 23.º título de campeão da sua história. O resto é puro e ridículo negacionismo.
VIVA O SPORTING!
* Antigo jornalista, que também colaborou com o Jornal Sporting
** Antigo capitão e atleta do Sporting (entre 1911 e 1931), prémio fair-play da UEFA, que morreu como sócio n.º1 do Clube (LINK)