Goste-se ou não do estilo de Bruno de Carvalho, parece-me indiscutível que o Sporting desesperava por alguém que não regateasse esforços na defesa dos interesses do clube. Há, no entanto, alguns sportinguistas que, privilegiando a forma ao conteúdo, anseiam há muito pela saída de Bruno de Carvalho do Sporting - sobretudo pela questão do estilo, já que a contestação da maior parte dos opositores de Bruno de Carvalho já vem desde o dia em que tomou posse, ou seja, de uma altura em que ainda não era possível avaliar as suas ações enquanto presidente.
Ontem, a propósito de uma outra questão, deram-me a ler uma entrevista realizada em dezembro de 2007, dada por Filipe Soares Franco - na altura, presidente do Sporting - ao Record, que pode ser encontrada aqui: LINK. Achei tremendamente interessante um conjunto de respostas dadas por Soares Franco, quando se falava sobre o diferendo que opunha o Sporting à Câmara de Lisboa.
Curioso, não é?
É claro que não é condição essencial, para se defender intransigentemente o Sporting, que o seu presidente tenha maus princípios de conduta, mas num mundo tão hipócrita e sujo como é o do futebol, no mínimo não pode ser anjinho, nem pode colocar a defesa da sua imagem pessoal à frente dos interesses do clube.
Será que o Sporting teria chegado a bater no fundo (como bateu no princípio de 2013) caso, nos 7 ou 8 anos antes, tivesse havido gente que nunca virasse a cara à luta para defender os interesses do clube? Não me parece: houvesse mais preocupação com os problemas e menos com a imagem, e neste momento a situação do Sporting seria radicalmente diferente para melhor.