Este artigo de Octávio Ribeiro é um nojo completo. Gelson é um jogador tão aplicado em campo como correto. Foi a primeira vez que Gelson viu um cartão vermelho, ao fim de 125 jogos pela equipa principal do Sporting. Por que motivo? Por ter insultado o árbitro? Por ter insultado um adversário? Por ter agredido um adversário? Por ter provocado adeptos adversários? Não. Gelson Martins viu um segundo amarelo por se ter deixado levar pela emoção de um golo importantíssimo e dedicá-lo a um amigo muito próximo que passa por uma situação muito complicada. Ato irrefletido que prejudica o jogador e o clube, com certeza. Mas com que direito é que Octávio Ribeiro vem falar num problema de educação?
Pior, é toda a generalização que fez a partir de um gesto que, quando muito, apenas revela uma faceta importante em pessoas bem formadas: não abandonar os amigos em momentos difíceis.
Aliás, Octávio Ribeiro não tem qualquer legitimidade moral para dar lições de educação a ninguém. Basta ver o seu extenso trabalho enquanto diretor do Correio da Manhã, onde manteve uma linha editorial em que vale tudo para vender jornais, incluindo a mentira, a manipulação, a difamação e a humilhação pública.
Problema de educação tem Octávio Ribeiro. Se tivesse sido bem educado não teria a carreira que tem, e dispensava-nos de um texto destes que tresanda a pedantismo e roça mesmo o racismo. Bem sei que agora, com a promoção que teve dentro da Cofina, é o superior hierárquico dos responsáveis do Record, mas o jornal devia ter vergonha em publicar um texto destes.