O Sporting divulgou hoje os resultados do 3º trimestre. Apresentou um prejuízo de 8,9 milhões entre janeiro e março de 2018, mas o total da época ainda se cifra num lucro de 1,1 milhões. São contas positivas considerando que a única venda significativa realizada em 2017/18 foi a de Adrien Silva, por 20M, com mais 5M de variáveis.
Na época passada os lucros totais apresentados no 3º trimestre foram de 35,1 milhões por causa, sobretudo, das vendas de Slimani e João Mário por um total de 70 milhões de euros. Ainda assim, os resultados referentes ao 3º trimestre foram piores do que esta época: entre janeiro e março de 2017 o Sporting apresentou um prejuízo de 11,4 milhões.
É, por isso, completamente inaceitável que o Record apresente a notícia sobre os resultados financeiros do Sporting desta forma:
O Jornal de Negócios decidiu também "atacar" pelo mesmo ângulo.
Se vivêssemos numa situação de normalidade, os resultados apresentados hoje seriam considerados bastante positivos. Chegar ao 3º trimestre com lucro apenas com uma venda significativa é sinal que as contas são suficientemente equilibradas para aquela que é a realidade do mercado português - em que a grande fonte de receitas é, precisamente, a venda de jogadores.
Mais ainda quando se pode ver que, entre janeiro e março de 2018, o Sporting reembolsou a banca em mais 8,5 milhões de euros, reduzindo a dívida total de 110,6 milhões (números apresentados nas contas do 1º semestre) para 102,1 milhões. No total da época, o Sporting já reembolsou a banca em 25,2 milhões de euros.
Este não é caso único. Têm saído várias notícias relacionadas com questões financeiras com títulos sensacionalistas cujo objetivo é agravar a situação de instabilidade que o Sporting atravessa. Muito cuidado, mais uma vez, com os julgamentos prematuros.