Perante a indisponibilidade de quatro dos mais importantes jogadores na manobra ofensiva - Dost, Raphinha, Wendel e Borja (que obrigou Acuña a jogar como lateral) -, a principal curiosidade da deslocação do Sporting à Choupana residia na forma como iriam responder as segundas linhas na tentativa de dar a melhor sequência à série de sete vitórias consecutivas. Keizer recorreu ao já habitual Luiz Phellype, colocando Diaby e Jovane nas alas e apostando em Doumbia como médio de transporte.
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Pela positiva, de destacar também os bons jogos de Acuña (assinou a 10ª assistência e vai no 4º jogo consecutivo para o campeonato com passes para golo), Gudelj (defensivamente), Doumbia (soltou-se na 2ª parte). Coates e Mathieu ofereceram a consistência habitual e Salin esteve muito seguro a sair dos postes a matar à nascença lances de potencial perigo para a sua baliza.
No extremo oposto... os extremos. Diaby até teve uns primeiros 20 minutos bastante aceitáveis - sobretudo na ligação entre setores - mas a partir daí perdeu-se nos equívocos habituais com bola. Jovane esteve pouco esclarecido e, exceção feita a um remate em arco da esquerda, não conseguiu gerar desequilíbrios individuais nem, a partir da meia hora de jogo, contribuir para desequilíbrios coletivos. Bruno Fernandes teve o jogo mais desinspirado dos últimos tempos, poucas coisas lhe saíram bem.
É certo que o calendário tem sido acessível, mas esta série de oito vitórias consecutivas evidencia um grau de maturidade e consistência que ainda não tínhamos observado esta época. Que continue assim até ao final da temporada.