Depois de um dérbi tão desgastante como o de quarta-feira frente ao Benfica, Marcel Keizer não poderia ter desejado um jogo mais tranquilo do que aquele que disputou ontem em Alvalade contra o Rio Ave. O treinador holandês voltou a apostar naquele que considera ser o melhor onze disponível, os jogadores entraram em campo em modo rendimento mínimo garantido e, depois de ter assegurado os três pontos, a equipa não teve problemas em assumir um modo de gestão total de esforço.
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Após vitória tão tranquila, suponho que o único tema que possa gerar alguma discussão seja a gestão de plantel feita por Keizer. Não podia evitar as substituições de Borja e Acuña, que saíram tocados, e, compreensivelmente, tirou Mathieu de campo assim que sentiu o resultado suficientemente seguro. Por aqui, nada a dizer. Eventualmente poder-se-á questionar as opções para o onze. Não seria um bom jogo para lançar Doumbia de início? Ou então, para quê insistir em Diaby, que realizou mais uma exibição constrangedora? Já se percebeu que Keizer não tem confiança em mais que 13/14 jogadores, e que só sairá desse círculo restrito caso as lesões e suspensões assim o obriguem. A favor do treinador, o resultado e alguns números que sustentam que o Sporting atravessa uma boa fase da época: mais três pontos que nos colocam mais seguros no 3º lugar (teríamos de perder mais 4 pontos que o Braga até ao final da época para sair do pódio), 6ª vitória consecutiva (5 das quais para o campeonato), sequência de 9 jogos com apenas 4 golos sofridos.