A semana que está agora a terminar foi marcada por um acontecimento que certamente ficará num lugar muito especial da história do futebol português em particular, e da Liga dos Campeões em geral.
Deve ser óbvio para todos que não me estou a referir à vitória expressiva do Porto contra o BATE, nem tão pouco à assistência a dois tempos feita pela dupla de centrais do Sporting contra o Maribor. O grande momento da semana foi o a manifestação de apoio à equipa por parte dos adeptos no final do jogo com o Zenit, como forma de agradecer o empenho dos seus jogadores em circunstâncias desfavoráveis.
A comunicação social rendeu-se a ponto de praticamente não se falar no resultado propriamente dito e da superioridade russa em todo o jogo...
... o treinador, por uma vez na vida, agradeceu a alguém que não ele próprio...
... o presidente, numa atitude pouco comum nele, falou publicamente após uma derrota sem ser para criticar a arbitragem, garantido que tinham ganho uma nova vida...
... e, claro, lá teria que aparecer o emplastro de serviço a tirar os dividendos possíveis da situação, aproveitando para atirar à cara dos outros este momento incontornável da história centenária do clube.
RGS a citar Vieira e Jesus. Ao que isto chegou. |
Brincadeiras à parte: foi sem dúvida uma atitude nobre dos adeptos benfiquistas. Ficou-lhes bem recompensarem a atitude combativa da equipa enquanto jogaram em inferioridade numérica. Agora, daí a Rui Gomes da Silva ou qualquer outra pessoa achar que os benfiquistas são diferentes só porque na terça-feira apoiaram a equipa num mau momento, só pode ser um total desconhecimento daquilo que se passa noutros estádios, seja em Portugal ou por essa Europa fora. Ou então é apenas populismo puro e duro. Atendendo à personagem em questão, só pode ser, mesmo, mas mesmo, a segunda hipótese.