segunda-feira, 17 de novembro de 2014

M*rdas que só mesmo connosco, nº 5: A Paixão de Bruno

Creio que estaremos todos de acordo em como arbitrar um jogo de futebol não será uma atividade fácil. Por vezes há lances críticos de difícil juízo, em que as movimentações de jogadores e bola podem complicar a tomada de decisão por parte do árbitro. Este tipo de erros merecem alguma compreensão por parte dos adeptos do clube prejudicado.

Outras vezes há jogos em que um caso muito polémico define uma partida. Situações daquelas em que todos no estádio percebem logo no momento que a equipa de arbitragem errou. Aquele tipo de enganos que são suficientemente graves para nos levar a questionar a boa fé e integridade do árbitro ou fiscal-de-linha que os cometem.

Mas depois ainda existe um outro nível: o de Bruno Paixão.



Época de 2003/04, 31ª jornada. Com apenas 4 jogos por disputar, o Porto segue na frente com 75 pontos, seguido do Sporting com 70 e do Benfica com 64. Nesse ano, apenas os dois primeiros classificados se apurariam para a Liga dos Campeões.

O Sporting deslocou-se ao Bessa, e acaba por sair derrotado por 2-1, num dos maiores assaltos à mão armada que alguma vez ocorreu num campo de futebol em Portugal.

Árbitro: Bruno Paixão, quem mais poderia ser?


Quatro (4) erros claríssimos, daqueles que isoladamente seriam motivo suficiente para pôr o árbitro na jarra durante umas boas semanas:

  • Penálti descarado de Paulo Turra sobre Liedson
  • Fora-de-jogo assinalado a Liedson ainda no meio-campo do Sporting (!)
  • Expulsão injusta de Rui Jorge (o vídeo não mostra, mas ao que se diz também o primeiro amarelo foi mal mostrado)
  • Pedro Barbosa expulso por tentar marcar um livre rapidamente quando o Sporting perdia e o jogo entrava em tempo de descontos

Valeu a pena que a paixão de Paixão tenha sido exposta publicamente desta forma tão evidente: o Benfica acabaria por conseguir terminar em 2º, com um ponto a mais do que o Sporting, e qualificar-se para a Liga dos Campeões.

Quanto a Bruno Paixão, continuou (e continua ainda hoje) a desvirtuar a verdade desportiva sem qualquer tipo de penalização. Parece que o crime compensa mesmo.