A nota artística não foi famosa, mas o Sporting entrou na temporada 2017/18 de forma segura, vencendo com inteira justiça na deslocação ao estádio do Aves.
Fica evidente, apesar dos três pontos conquistados, que há muito trabalho pela frente para entrosar este conjunto de jogadores na fase de construção. No entanto, também há que dizer que o desempenho defensivo da equipa foi bastante satisfatório - o que é, provavelmente, a maior urgência face ao que se viu no ano passado: basta lembrar que, em toda a 2ª volta, o Sporting não sofreu golos em apenas 5 jogos.
Uma vitória tranquila num jogo fora, tendo cinco alterações no onze em relação à época passada, e sem golos sofridos? Não me parece nada mal para começar.
Fica evidente, apesar dos três pontos conquistados, que há muito trabalho pela frente para entrosar este conjunto de jogadores na fase de construção. No entanto, também há que dizer que o desempenho defensivo da equipa foi bastante satisfatório - o que é, provavelmente, a maior urgência face ao que se viu no ano passado: basta lembrar que, em toda a 2ª volta, o Sporting não sofreu golos em apenas 5 jogos.
Uma vitória tranquila num jogo fora, tendo cinco alterações no onze em relação à época passada, e sem golos sofridos? Não me parece nada mal para começar.
A exibição de Acuña - correspondeu totalmente às expetativas que construiu na pré-época: é um jogador raçudo que sabe jogar de forma inteligente no limite da agressividade; tem um excelente sentido coletivo, que se nota bem pela forma como defende e como aparece no meio quando a bola está no flanco contrário; fez uso do seu pontapé com um remate de meia distância que embateu com estrondo na barra; mas, sobretudo, foi o jogador que foi conseguindo criar maiores desequilíbrios com destaque, obviamente, para a assistência que fez para o primeiro golo de Gelson Martins. A única mancha na exibição acabou por ser uma oportunidade que desperdiçou à entrada da pequena área. Excelente estreia.
Gelson finalizador - não teve um jogo inspirado, poucas das suas iniciativas foram consequentes, mas não se pode deixar de destacar pela positiva um jogador que marca os únicos dois tentos da partida. Defensivamente esteve bem. Começou a época na sequência daquilo que foi na temporada anterior: decisivo.
As substituições - a ação dos dois treinadores mexeu, indiscutivelmente, com a partida. Jesus leu bem aquilo que o jogo estava a dar e a equipa ganhou em definitivo o controlo das operações com as entradas de Podence e, principalmente, de Battaglia. Claro que também ajudou a decisão de Ricardo Soares em assumir maiores riscos, mas a verdade é que o Sporting começou a chegar com maior facilidade á área adversária e o segundo golo acabou por aparecer com naturalidade.
Solidez defensiva - o comportamento defensivo da equipa foi positivo, principalmente na segunda parte - onde não se concedeu qualquer oportunidade ao Aves -, com destaque para as boas atuações de Coates e William. Rui Patrício também foi importante pelas duas boas intervenções na primeira parte, que garantiram um registo limpo na defesa.
Ausência de oportunidades enquanto o adversário jogou fechado - a vitória foi confortável, mas a qualidade do futebol praticado deixou bastante a desejar. Foi evidente a falta de dinâmica em posse, havendo sempre velocidade e criatividade a menos para encontrar espaços enquanto o Aves não arriscou um pouco mais. Há que dizer que o onze escolhido por Jesus não ajudou.
O onze inicial - Jesus optou por um onze bastante conservador, colocando William e Adrien no onze, atrás de Bruno Fernandes. Em teoria, é um meio-campo que pode funcionar, mas necessita de um nível de entrosamento muito acima do existente, o que facilmente se entende pelo facto de nunca ter sido testado na pré-época. Chegou para controlar a partida na primeira parte, mas é preciso mais.
A exibição de Adrien - foi, provavelmente, a grande surpresa no onze inicial, mas não justificou a oportunidade. Mal com a bola nos pés e pouco eficaz defensivamente, não surpreendeu quando foi substituído por Battaglia. Compreende-se que esteja uns furos abaixo do seu normal face à pouca rodagem que teve na pré-época, mas neste momento, a meu ver, o lugar devia ser de Bruno Fernandes.
MVP: Acuña
Nota artística (1 a 5): 2
Arbitragem: Tiago Martins fez, na generalidade, uma boa arbitragem. Faltaram alguns amarelos de parte a parte, mas pelo menos soube manter o critério durante toda a partida. Absurdo o tempo de desconto (2') dado na primeira parte: só a assistência a Adriano Facchini demorou 3 minutos e 55 segundos.
Objetivo principal alcançado. A exibição não foi convincente, mas é legítimo que se dê tempo para a que a equipa se comece a entender melhor - desde que se vá ganhando, claro.