domingo, 5 de agosto de 2018

You had one job, Comissão de Gestão...

Artur Torres Pereira, Sousa Cintra, António José Rebelo, Silvino Sequeira, Jorge Gurita, Luís Marques, António Sá da Costa, Alexandre Cavalleri, Rui Moço, Pedro Pinho Reis, José Leitão. Foram estes os onze nomes que Jaime Marta Soares escolheu para gerirem o Sporting durante o período de três meses compreendido entre a suspensão do CD presidido por Bruno de Carvalho e a data das eleições. Aceitaram o convite em total de liberdade e o compromisso dado aos sportinguistas baseou-se em três ideias essenciais: 1) iriam fazer o melhor possível em conjugação com a sua vida familiar e profissional; 2) não iriam receber qualquer compensação monetária pelo trabalho a que se propunham; 3) não iriam fazer parte de qualquer lista concorrente às eleições de setembro. 

(via Mister do Café)

Considerando o cariz provisório do desafio e a dedicação a tempo parcial ao mesmo, a generalidade dos sportinguistas compreendeu, tacitamente, que o patamar de exigência a ser colocado a esta CG não poderia ser o mesmo do que a uma direção eleita. Como tal, também não faria grande sentido que fossem remunerados pela missão que aceitaram levar a cabo. Logo, as duas primeiras ideias anulam-se mutuamente. Quanto a compromissos realmente importantes, capazes de condicionar a vida de qualquer um destes onze elementos de forma menos provisória - se quiserem, podem chamar-lhe de sacrifício -, sobrava apenas a tal garantia de isenção durante este curto mandato, que implicava a sua exclusão do processo eleitoral que se estava a iniciar.

Segundo notícias divulgadas no final da semana que passou, dois dos onze elementos - Jorge Gurita e Alexandre Cavalleri - saíram da CG para integrar a lista de José Maria Ricciardi.

A ser verdade, esta atitude dos dois ex-membros do CG e de Ricciardi é uma vergonha e autodemonstrativa do que significa o valor da palavra dada para estes indivíduos (não que em em alguns casos não houvesse já provas suficientes). Espero que sejam devidamente punidos nas urnas pelos sportinguistas.

A credibilidade da CG sai também bastante afetada. Ninguém esperava que se sacrificassem demasiado, bastava fazer o mínimo necessário para manter a máquina a funcionar, mesmo que a meio gás - deixando as várias secções gerirem-se por duodécimos - e... serem isentos. É caso para dizer: you had one job, CG...



P.S.: Já agora, considerando que...

a) José Eduardo é o homem para o futebol da lista de Ricciardi;

b) Existem dois ex-elementos do CG que serão parceiros de lista de José Eduardo.

c) José Eduardo é o dono da empresa que prestava o serviço de catering do estádio até ao término do contrato que o ligava ao Sporting no final da época passada;

d) Não é conhecido o ponto de situação de quem prestará esse serviço de 2018/19 em diante;

e) Já houve um jogo em Alvalade esta época e não consta que tenha faltado comida nos camarotes e bares do estádio;

... qual é o ponto de situação do serviço de catering para 2018/19? Será que a CG pode esclarecer os sportinguistas sobre este assunto?