É consensual que o Sporting possui um plantel desequilibrado, carente de soluções da qualidade necessária em demasiadas posições para se poder pensar na vitória no campeonato. Os adeptos têm consciência disso desde que que o plantel ficou fechado no verão, a direção tem estado ativa no mercado para reforçar a equipa com os poucos meios financeiros disponíveis, e o próprio treinador, ao limitar-se a dar a titularidade a um grupo restrito de 14/15 jogadores - a não ser que seja obrigado por causa de suspensões ou lesões -, demonstra não ter grande confiança em vários dos atletas que tem à sua disposição.
No entanto, é justo salientar a importância de dois dos patinhos feios do plantel na conquista de sábado. Por motivos diferentes, Renan e Petrovic foram duas das figuras da final four: o brasileiro pela ação direta que teve com quatro penáltis defendidos nos dois desempates; o sérvio pelo espírito de sacrifício que demonstrou ao jogar com uma fratura do nariz que arrepia só de olhar, permitindo ao treinador guardar a última substituição - que seria utilizada para colocar Diaby, decisivo pelo penálti que sofreu à entrada do tempo de descontos.
Petrovic 🦁💪👏#SportingCP pic.twitter.com/kNtPUb2NWw— Esta Conta não é da Sporttv (@fukkyousporttv) 27 de janeiro de 2019

Petrovic é um jogador com limitações evidentes como construtor, mas é, neste momento, o único médio defensivo de raiz e, fruto da sua polivalência, é também o quarto central do plantel. Não caiu no goto dos sportinguistas porque não tem nem nunca teve características para substituir devidamente William Carvalho, mas pode ser um jogador útil quando necessitamos de um jogador de funções exclusivamente defensivas. E, verdade seja dita, tem surpreendido pela positiva quando utilizado como central de recurso.
Aceito que Renan e Petrovic não sejam vistos como soluções ideais para as posições que ocupam (concordo), mas penso que está na altura de serem mais apoiados por TODOS os adeptos quando estão em campo. Certamente que terão maiores condições de ajudarem a equipa a atingir os seus objetivos se não forem assobiados à primeira oportunidade.