terça-feira, 14 de outubro de 2014

Uma metodologia de sucesso

                                                                                                                                                
No ano passado tivemos a infelicidade de o sorteio ter determinado a nossa deslocação à Luz na 4ª eliminatória da Taça de Portugal. A essa infelicidade somou-se o azar de ter sido nomeado um árbitro chamado Duarte Gomes, habituado a ser uma espécie de 12º jogador encarnado. Duarte Gomes não deixou os seus créditos por mãos alheias e foi uma peça decisiva ao não assinalar dois penáltis contra o Benfica e ao validar um golo em fora-de-jogo de Cardozo (apesar de admitir que este último caso foi um lance de difícil juízo).

Menos de um ano depois, repetiu-se a infelicidade das bolinhas e lá nos calhou em sorte uma viagem ao Porto. Desta vez o homem do apito que nos calha é Jorge Sousa, de quem se diz ter sido Super Dragão. Há coincidências engraçadas. Ou então, em alternativa, é apenas uma metodologia que comprovadamente dá resultados, e como tal é seguida à risca por quem manda no futebol português.

A nomeação não se compreende. Trata-se de um árbitro que este ano fez apenas um jogo de I Liga (Paços de Ferreira - Belenenses), pois esteve impedido de apitar por questões burocráticas (penso que terá falhado num teste escrito ou físico, não tenho a certeza qual), pelo que se estranha que seja lançado já num jogo desta importância, a eliminar.

Infelizmente, o histórico deste senhor com o Sporting é péssimo. Lembro-me de um Porto - Sporting em que Jorge Sousa, para além de ter inventado 2 penáltis a favor da equipa da casa (um dos quais foi falhado), cometeu a proeza de amarelar praticamente toda a nossa equipa.

in zerozero.pt

Aliás, a dualidade de critérios na amostragem de amarelos é a imagem de marca deste senhor. No ano passado arbitrou jogos do Sporting por duas vezes:

  • No Gil Vicente 0 - Sporting 2, em que a equipa de Barcelos aviou durante praticamente todo o jogo em tudo o que mexia sem qualquer punição, só havendo um vermelho quando uma falta assassina de Pecks sobre William Carvalho foi cometida nas barbas de Jorge Sousa (mesmo assim o Sporting acabou por levar mais cartões amarelos que o Gil Vicente);

Para Jorge Sousa isto foi falta mas não valeu nem cartão amarelo

  • No Marítimo 1 - Sporting 3 anulou um golo limpo a Slimani e demonstrou uma dualidade de decisões incrível, amarelando todas as faltas de jogadores sportinguistas que se pudessem enquadrar em cortes faltosos de ataques prometedores, mas não mantendo o mesmo critério nas várias situações em que os maritimistas faziam esse tipo de faltas. O Sporting terminou esse jogo com 6 cartões amarelos contra apenas 3 do Marítimo.

Infelizmente parece que o guião está escrito e querem mesmo deixar-nos de fora da competição. Os jogadores terão que estar psicologicamente preparados para o que lhes espera. Terão que ter muita cabeça fria, porque o árbitro não lhes vai dar quaisquer abébias.